sábado, 11 de maio de 2013

Sexo »

Conhecido por favorecer o prazer sexual, pompoarismo traz outros benefícios

Engana-se quem pensa que a técnica milenar é só para mulheres, homens também podem praticar

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Valéria Mendes - Saúde PlenaPublicação:09/05/2013 08:30Atualização:09/05/2013 11:30
O pompoarismo é um método milenar taoísta (tradição chinesa) de tonificação dos músculos do períneo e fortalecimento da musculatura pélvica que tinha o objetivo de facilitar o parto (Ilustração: Soraia Piva) (Ilustração: Soraia Piva)
O pompoarismo é um método milenar taoísta (tradição chinesa) de tonificação dos músculos do períneo e fortalecimento da musculatura pélvica que tinha o objetivo de facilitar o parto (Ilustração: Soraia Piva)
Pompoarismo. A palavra pode ser desconhecida para alguns, repleta de significados sexuais – ou pornográficos – para muitos, mas para quem decidiu experimentar a técnica milenar, que, atenção, não é exclusividade de mulheres, o conceito é ampliado. A prática dos exercícios promete não só melhorar a vida sexual dos adeptos, mas prevenir a incontinência urinária e ajudar nas disfunções sexuais de mulheres e homens. No caso delas, principalmente, a dor na penetração e a falta de orgasmo. Para eles, o treinamento ajuda a aumentar o tempo entre a excitação e o gozo, tratando casos de ejaculação precoce.

Em Belo Horizonte, a terapeuta tântrica Antar Surya, que há 16 anos trabalha com pompoar e já fez cursos na Índia, França e EUA, oferece um curso com duração de 4 horas ao custo de R$ 200 por pessoa. Ela explica que o pompoarismo é uma arte antiga que nasceu com o objetivo de facilitar o parto da mulher pela prática de exercícios para o assoalho pélvico. O tempo passou e o foco mudou. Segundo ela, com as conquistas femininas, a mulher “ganhou” o direito ao autoconhecimento para buscar o próprio prazer. Engana-se quem pensa que as interessadas frequentam as aulas para satisfazer seus parceiros. “Vivemos o momento de empoderamento da mulher”, afirma Surya.

Joana* tem 32 anos, é advogada e solteira. A história dela com o pompoarismo ilustra bem a sensação de protagonista da relação sexual. Ela conta que procurou o curso com a intenção de se conhecer melhor e aumentar a autoestima. “Além da melhora da vida sexual, me tornei uma mulher mais segura e feliz comigo mesma”, diz. A advogada relata ainda que as aulas ampliaram o horizonte dela. “Minhas expectativas foram superadas, pois além do pompoarismo, o curso trata de outras questões muito interessantes, como a importância do parto natural, o sagrado-feminino, meditação e relacionamento”, encerra.

Estatísticas
Liderado pela professora da Universidade de São Paulo (USP), Carmita Abdo, os dados do Estudo da Vida Sexual do Brasileiro, realizado em 2003, são usados ainda como referência por especialistas. O documento é considerado uma das maiores pesquisas já feitas sobre o assunto no país: 7.103 brasileiros com idade entre 18 e 80 anos foram entrevistados, sendo metade desse número de cada sexo. No caso das mulheres, 26,2% relataram a incapacidade de atingir o orgasmo. Para 26,6%, a maior dificuldade é a falta de desejo e, para 18%, dor na penetração. A maior dificuldade sexual masculina, 45%, é a disfunção erétil e para 25%, a ejaculação precoce.

Ginecologista, sexólogo, coordenador do Departamento de Sexologia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e autor dos livros Medicina e Sexualidade e Os Sete Pilares da Qualidade de Vida, Ramon Luiz Moreira diz que a incidência de disfunções orgásmicas em mulheres gira em torno de 30% na maioria dos estudos. Ele cita um australiano, da Universidade de Melbourne, realizado em 2007, que encontrou números correspondentes ao do brasileiro. Entre as mulheres com alguma dificuldade sexual, 64% apresentaram dificuldade desejo, 35% de orgasmo, 31% de excitação e 26% relataram dor na relação sexual.

'Acredito que os médicos têm dificuldade em assimilar técnicas populares na sua prática diária, mas seria interessante se a medicina começasse a estudar essas técnicas milenares para avaliar as evidências de que elas funcionam' - Ramon Luiz Moreira é ginecologista e sexólogo (Eduardo Rocha/EM/DA Press - 24/08/01)
"Acredito que os médicos têm dificuldade em assimilar técnicas populares na sua prática diária, mas seria interessante se a medicina começasse a estudar essas técnicas milenares para avaliar as evidências de que elas funcionam" - Ramon Luiz Moreira é ginecologista e sexólogo
O sexólogo diz que para as mulheres desenvolverem sua capacidade orgástica é necessário adquirir essa habilidade que envolve também a desinibição sexual, o conhecimento do próprio corpo, a interação com o parceiro e as condições psicológicas. “Apesar disso, devemos considerar que 70% das mulheres atingem o orgasmo nas relações sexuais, ou seja, há um número considerável que se dá bem sexualmente”, pontua.

Sem milagres
O pompoar não é promessa de solução para os problemas sexuais. Para Ramon, as técnicas de fortalecimento do assoalho pélvico foram inventadas e são usadas cientificamente para disfunções da musculatura - fraqueza ou tensão dos músculos pélvicos. “Elas não são usadas ainda para o tratamento das disfunções sexuais de maneira regular. São necessários mais estudos que provem que elas têm realmente a capacidade de ajudar as mulheres com problemas sexuais”, pondera. Segundo o ginecologista e sexólogo, os problemas sexuais têm várias origens: sociais, psicológicas, físicas, conjugais. “Muitas vezes esses problemas são complexos. No caso dos homens, dá para dizer que os problemas físicos ultrapassam os psicológicos após os 50 anos de idade, mas as síndromes de dor sexual na mulher, por exemplo, compõem um quadro à parte das disfunções sexuais e ainda são muito pouco conhecidas na atualidade”, explica.

“Sexualidade não é só físico. Não acredito que trabalhar o músculo resolve os problemas da vida sexual. O treinamento melhora as questões da relação sexual porque o músculo fraco não ativa excitação. Ou seja, é claro que exercícios para a região pélvica melhoram essa capacidade”, afirma a fisioterapeuta e professora da Faculdade de Ciências Médicas, autora e organizadora do livro Fisioterapia aplicada à saúde da mulher, Elza Baracho. A especialista lembra que a resposta sexual passa por quatro estágios: desejo, excitação, orgasmo e resolução. Nesse caso, exercícios para a musculatura pélvica agem pontualmente na segunda fase.

Ramon observa, entretanto, que a técnica do pompoarismo é muito pouco estudada no meio acadêmico. “Acredito que os médicos têm dificuldade em assimilar técnicas populares na sua prática diária, mas seria interessante se a medicina começasse a estudar essas técnicas milenares para avaliar as evidências de que elas funcionam”.

'Aqueles que têm preconceito, com certeza, carecem de informações e experiências prazerosas', declara a terapeuta tântrica Antar Surya (Arquivo Pessoal )
"Aqueles que têm preconceito, com certeza, carecem de informações e experiências prazerosas", declara a terapeuta tântrica Antar Surya
Preconceito
“A busca pelo prazer ainda é muito associada à libertinagem”, relata Antar Surya. Para essas pessoas, a terapeuta manda um recado: “aqueles que têm preconceito, com certeza, carecem de informações e experiências prazerosas”. A terapeuta relata que recebe várias mulheres indicadas pelos próprios ginecologistas para aprenderem e praticarem a técnica. No curso que ela leciona cada uma recebe gratuitamente uma avaliação individual do períneo com uma fisioterapeuta especializada em uroginecologia. “Cada mulher tem uma história de períneo diferente. Não posso recomendar alguns acessórios para uma mulher que é já é mãe ou para uma que é virgem. É preciso respeitar essa história e individualizar o treinamento”.

A terapeuta tântrica explica que a técnica em si é simples e consiste no foco e no controle mental da mulher sobre a musculatura circunvaginal, mas requer disciplina e intuição para alcançar os resultados desejados. “O objetivo principal do curso é se conhecer para uma qualidade de vida sexual maior”, enfatiza Surya.

Ainda segundo ela, o pompoarismo proporciona vários benefícios para a saúde da mulher, “mas principalmente para o autoconhecimento, controle e fortalecimento da musculatura do períneo e prevenção da incontinência urinária e fecal porque prepara o períneo para o parto e fortalece o canal após o parto. É imprescindível após a histerectomia (retirada do útero) e previne o prolapso uterino e da bexiga. O treinamento favorece o aumento do tônus muscular na região genital aumentando a lubrificação, a libido, a ejaculação feminina e diminuindo os sintomas da menopausa”, afirma.

Quem pratica
Poucos homens sabem que podem aprender a ginástica intíma – como o pompoarismo também é conhecido - e melhorar o controle da ereção e ejaculação. No curso oferecido por Antar Surya, o público masculino pode receber atendimento particular ou em grupo, mas em ambas as situações na companhia da parceira.

No caso das mulheres, a faixa etária é ampla e varia entre 18 e 65 anos. “Cada uma vem com uma demanda diferente, mas todas se responsabilizando pelo próprio prazer e autoconhecimento. Algumas chegam querendo aprender a conquistar o orgasmo e outras querendo mais prazer”, fala a terapeuta.

A faixa etária dos casais também é variável. “São jovens, maduros e com algumas dificuldades de comunicação na área sexual”, diz. Para o ginecologista e sexólogo Ramon Luiz Moreira a relação sexual é uma interação, “um diálogo não verbal, às vezes verbal também. A sintonia permite que ambos se dêem prazer de forma mais intensa. Não é uma opinião científica, mas acho que no orgasmo feminino entram 50% de responsabilidade de cada um dos parceiros”.

Aprendendo o pompoar
O curso oferecido na capital por Antar Surya tem duas horas de aula teórica “sobre anatomia feminina, os mistérios da psique feminina e sobretudo sobre energia”, explica a terapeuta. Após um intervalo, as outras duas horas são de prática onde mulheres e homens aprendem os exercícios selecionados de pompoarismo que são adaptados à vida da mulher moderna. “É preciso praticar em casa para obter o resultado. Por isso, escolhi as variações que são possíveis de fazer para quem tem pouco tempo”, detalha.

A recomendação é o uso de roupas confortáveis, como as que se usam em ginástica. Para as mulheres, calça ou bermuda de lycra e camiseta. Para o homem, bermuda e camisa.

Vanessa* tem 24 anos e conta que procurou a ginástica íntima por indicação de uma amiga. “Eu tinha curiosidade e sabia dos benefícios para o organismo feminino e para a saúde”, relata. Ela fez o curso recentemente e diz que ainda não sentiu na prática os resultados. “Demora e é preciso persistência”, fala. Casada, a funcionária pública diz que às vezes tem um pouco de dúvida se está fazendo o exercício de maneira correta.

Nesses casos, Antar sugere o uso de um espelho, da respiração e do próprio dedo para verificar se a musculatura está sendo contraída. Além disso, os próprios acessórios do pompoarismo têm essa função. E se as dúvidas persistirem, procure novamente o terapeuta tântrico.

No pompoar, a vagina recebe o nome de Yoni e o pênis de Ligam. Os acessórios auxiliam substituindo o órgão sexual masculino para dar à mulher a consciência da sua musculatura. Entre eles, estão os vibradores clitorianos, vibradores do Ponto G, próteses, bolinhas e colares tailandeses. “Não é toda mulher que pode ou precisa utilizar esses acessórios. Por isso, é importante a avaliação individual e o resgate da história do períneo de cada mulher”, salienta.

'Sexualidade não é só físico. Não acredito que trabalhar o músculo resolve os problemas da vida sexual', pondera a fisioterapeuta Elza Baracho (Arquivo Pessoal)
"Sexualidade não é só físico. Não acredito que trabalhar o músculo resolve os problemas da vida sexual", pondera a fisioterapeuta Elza Baracho
Atente-se
Ramon Luiz Moreira diz que todo o objeto que é usado dentro da vagina e por um tempo prolongado tem risco de provocar infecções. Por isso, explica que a limpeza do material é muito importante. “Afora isso seriam poucas as contra-indicações, a não ser que a pessoa tivesse alguma alergia ao material de que são feitos os objetos de pompoarismo”, explica.

Para a fisioterapeuta Elza Baracho, as ressalvas passam pela prática do exercício em si. “O músculo tem que ter suas funções preservadas para que ele possa responder às demandas sexuais”, ressalva.

A professora e fisioterapeuta Maria Beatriz Alvarenga de Almeida compartilha desse pensamento. Ambas acreditam que não é tão simples, como parece, recomendar exercícios para essa região. Elza cita exemplos: “quando se faz exercícios sem uma avaliação prévia dos músculos, você poderá enfatizar força, por exemplo, sem estar atingindo a força. Já um músculo que tem um tônus alto - e se não for corrigido para a normalidade - a mulher continuará sem ganho de força mesmo com a prática. Além disso, esse aumento de tônus poderá ser o responsável pelos sintomas de dispareunia, que é dor no ato sexual”.

*Nomes fictícios.

terça-feira, 23 de abril de 2013


Falar abertamente sobre sexo é a 



melhor maneira de educar os filhos


Alguns temas são considerados polêmicos, mas não podem ser ignorados.
As crianças devem confiar nos pais para que o diálogo seja aberto.

Graziela Azevedo e Kiria Meurer
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Sexo não é um assunto fácil, mas é preciso driblar a vergonha, superar o constrangimento e agir com habilidade para abordar com os filhos temas ainda mais delicados, como pedofilia. “Você tem que conversar com seu filho abertamente sobre essa questão relacionada a pedofilia, porque se você achar que é muito cedo pra falar com seu filho a respeito disso, pode ser que seja muito tarde no fim”, explica Maurício Souza Lima, hebiatra.

No consultório, nas aulas e palestras, o especialista repete para os adolescentes o que os pais também devem dizer: “Você não pode permitir que ninguém faça nada com o seu corpo que você não queira".

No caso das crianças, ninguém, nem pessoas próximas, podem mexer no corpo, nos órgãos sexuais delas de um jeito estranho ou constrangedor. A diferença de idade ou de força física devem ser levadas em conta. No mundo real, das brincadeiras, aquelas de médico, por exemplo.

“Se tiver com criança ou com adolescente de diferente faixa etária, muito mais velho, por exemplo, isso não é brincadeira, é exploração sexual", afirma Denise Duque, psicóloga.

No mundo virtual as orientações e cuidados também são necessários. “Pessoas vão entrando na privacidade, vão entrando na vida da criança, se especializam nisso, normalmente são pessoas com transtorno de personalidade, que se aproximam da criança para envolver a criança”, diz Emílio Brkanitch, psicólogo.

“A melhor forma de ajudar os pais na questão da pedofilia ou qualquer outra questão é conversando a respeito. É esse contato que vai formar uma rede de proteção para o seu filho nessa fase da adolescência”, explica Maurício Souza Lima.

Educar com consciência não é fácil, mas vale lembrar que agindo assim os pais aumentam a chance de criar filhos saudáveis e podem ajudar a construir uma sociedade com menos preconceitos.

Foi preciso muito luta e manifestações para que se pudesse dizer às novas gerações: bem-vindas ao mundo da diversidade. “O que a gente tem que ter é muito respeito ao tratar essa questão e falar sim, abertamente pro seu filho, do que existe”, diz o hebiatra.

Ouvir os filhos é um dos grandes desafios e também uma das maiores riquezas da tarefa de educar. “Você deixa uma porta aberta, abre um caminho pra que seu filho, no futuro, possa trazer outras questões, que muitas vezes para os pais é um assunto constrangedor, mas ele deixa de ser constrangedor na medida em que você vai conversando a respeito”, afirma o doutor.

a falta de sexo, tem solução?


“Somos casados há anos e apaixonados, mas ela não quer mais sexo”

Sexóloga e colunista do Delas, Fátima Protti responde dúvida de leitor que quer recuperar a vida sexual

DO IG DELAS
"Somos casados há 21 anos e nos conhecemos há quase 25. Tivemos alguns desgastes durante o casamento, mas sempre superamos. E, hoje, tenho muito desejo por ela, mas ela me falou abertamente que não sente tesão por mim. O que você devo fazer? Dormimos juntos, trocamos selinhos e somos apaixonados um pelo outro".
Caro leitor, parece que apesar de alguns desgastes no casamento o clima de carinho entre vocês ainda permanece, tornando a conquista possível.
Mesmo desconhecendo a rotina diária do casal, a maneira como interagem sexualmente e a idade de sua parceira – fatores importantes para uma melhor avaliação – tentarei passar algumas dicas.
Muitas mulheres relatam a perda do tesão após algum tempo de convivência. Na maioria dos casos o desejo existe, mas a vontade de fazer sexo com o parceiro e a excitação, não. Para outras, o desejo inexiste. E aí tudo fica pior.
A falta da libido é multifatorial e pode ocorrer por estresse, menopausa, depressão, problemas psicológicos, de relacionamento, hormonais, medicações para o tratamento da ansiedade, depressão, pílula anticoncepcional, insatisfação com o corpo e disfunções sexuais associadas.
Por outro lado, tem mulheres que investem muito afetivamente, mas esquecem e adormecem seu lado sexual. Voltar a pensar em sexo, se arrumar para seduzir, fantasiar, olhar para o parceiro com boa pitada de erotismo são alguma atitudes que ajudam a estimular o tesão.
A inabilidade do homem também é uma das queixas comuns entre as mulheres, como tocar os genitais antes que ela esteja “aquecida”, ir direto para o coito e esquecer o romantismo, o erotismo e as carícias. Enquanto o homem espera ser provocado sexualmente, ela quer ser conquistada.
A falta de cuidados com o visual também pode mexer no interesse da parceira. Ver o homem boa parte do tempo de pijama ou cueca é brochante. Nada como encontrar seu homem arrumado e perfumado.
É preciso tornar o sexo novamente interessante com novas posições, capricho no sexo oral, nas carícias; dar um beijo de tirar o fôlego. Um bom livro de contos eróticos pode ajudar a criar uma fantasia a dois.
Presenteie a parceira com uma lingerie, um filme ou brinquedinho erótico, auxilia na motivação. Crie um ambiente aconchegante, sirva uma bebida para relaxar durante o namoro, surpreenda-a.
Às vezes é preciso mudar de ambiente. Que tal uma noite num hotel ou um fim de semana em uma pousada? Isso ajuda a quebrar a rotina.
E, se nada disso fizer efeito, procure uma terapia sexual para ajudá-los nesse processo.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

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